O que têm em comum Francisco Assis e Miguel Relvas? A viscosidade.
Assis é um verdadeiro três em um. Sempre que pode envia sinais de admiração ao governo e juras de fidelidade, desta feita através de uma entrevista à Rádio Renascença. Uma vez mais quando o governo se encontra numa curva apertada Assis vem a público encorajá-lo, como que a dizer nós queremos ir para o poder mas temos todo o tempo do mundo e diz de forma explícita que defenderá sempre uma aliança com o PSD e CDS, pelo menos quando não tiver maioria absoluta. Com a esquerda, vá de retro satanás, bem vistas as coisas o próprio PS está demasiado à sua esquerda, nada que não ambicione corrigir de vez.
Depois de elogiar aquilo que qualifica de boa "notícia para o país e para o PS", a promoção de Paulo Portas a coordenador político do governo, aproveita para criticar aqueles que têm apupado Passos Coelho e Miguel Relvas e mostra o seu enfado com a linguagem utilizada no Parlamento que considera demasiado extremista (sic). Oram digam lá se Assis não ficava melhor num parlamento à semelhança da antiga União Nacional, todos certinhos todos direitinhos?