Chico I, o obscurantismo está de volta
Sabem-na toda, apostaram as fichas todas em Jorge Mario Bergoglio. O nicho de mercado católico, embora grande, da América-latina já conheceu melhores dias, nos últimos anos têm sido às mãos cheias as ovelhas que se têm posto a milhas do rebanho. Qual jovem, qual renovador? A aposta é na continuidade, no conservadorismo, no obscurantismo, é preciso um pastor hábil na arte do pastoreio, um genuíno Border Collie, que consiga levar para o redil as ovelhas tresmalhadas. O tamanho do rebanho por aquelas paragens tem diminuído a olhos vistos, por alguma razão soaram todas as sirenes de alarme, é uma eleição feita à medida, faz-me lembrar a atribuição de certos prémios da "liberdade", da "paz" e similares, que de vez em quando recaem sobre personalidades destinados unicamente a "mexer com as águas" de alguns países, antes de ser já o eram.
Mas se Jorge Mario Bergoglio é bem conhecido por aquelas paragens não é pelas melhores razões, o seu envolvimento com a ditadura militar é sobejamente conhecido, que o digam os padres jesuítas Orlando Yorio e Francisco Jalics que foram raptados em 1976 pela marinha da ditadura argentina com a complacência do agora Papa Francisco I, por se recusarem a deixar de prestar apoio aos mais desfavorecidos das favelas. Foram abandonados num campo cinco meses mais tarde, drogados e seminus. A acusação formal foi efectuada em 2005, respondeu em 2010, depois de se ter recusado por duas vezes a comparecer no tribunal, remetendo-se a respostas evasivas o tempo todo. O livro "O Silêncio" do jornalista Horacio Verbitsky é esclarecedor quanto ao seu envolvimento e à sua postura ultraconservadora.
Não há dúvida, esta gente não brinca em serviço, aí está um Papa à medida da antiga América Latina, vai realizar muito "trabalho" por aquelas bandas.