O trambolho da Praça do Comércio
Diz o Vítor Dias do "Tempo das Cerejas", numa alusão a Vítor Gaspar, que "até aos malfeitores políticos se deseja boa saúde e longa vida", permito-me discordar frontalmente com tal asserção desde logo porque não sou crente e nunca dou a outra face quando a que tenho está severamente castigada, os crentes que vão a Fátima, a pé ou de joelhos. Esse "malfeitor político" a quem Vítor Dias "deseja" boa saúde e longa vida é um dos principais responsáveis pelo encurtar da esperança de vida de muitos portugueses e por igualmente atentar contra a saúde de outros tantos, pelo que da minha parte o máximo com que posso condescender é que morra de causas naturais, mas depressa, cada dia que passa é mais um prego no caixão do vulgar cidadão do país que o mesmo malfeitor resolveu encerrar dando ordens para se cortar nos agrafes e no papel higiénico, ao mesmo tempo que atribuia um salário superior ao do Presidente da República (10.000 euros), despacho da semana passada, a mais um dos muitos boys com que encheu a administração pública. Claro que o boy tem nome, João Moreira Rato, e o tal salário é ainda retroactivo a 2 de Setembro do ano passado pelo desempenho do cargo de presidente do IGCP.
É mais do que óbvio que não são salários como este que preocupam Vitor Gaspar, o que verdadeiramente lhe dá azia são os salários e pensões de 1.300 euros ou o subsídio de desemprego do desgraçado que teve a desdita de ficar sem trabalho.
Noutros tempos loucos como ele eram metidos em camisas-de-força e encerrados em manicómios, actualmente vão para ministros. Garantem-me que já se percorreram imensos museus e nem uma camisa-de-força foi encontrada, à cautela terão sido todas destruídas, deixem-se de merdas não levará assim tanto tempo a costurar uma nova, utilizem tela grossa, correias bem fortes e internem o homem antes que ele nos interne a todos nós.