Onda de calor
Decididamente Portas não se dá com o calor, depois da trapalhada toda em torno da demissão do governo voltou em sede de comissão parlamen-tar a demonstrar que os seus neurónios se não estão esturricados andam por lá perto. Justificou-se naquela comissão que negou o sobrevoo de território português ao presidente de um país com quem mantém relações diplomáticas porque não queria importar um problema.
Numa altura em que Portugal precisa como de pão para a boca de diversificar os mercados das transacções comerciais, nomeadamente para África e para a América Latina, ainda há bem pouco tempo vimos esta espécie rastejante no funeral de Hugo Chavez, na tomada de posse de Nicolas Maduro da Venezuela e mais recentemente a vender "magalhães" no México.
Paulo Portas é uma criatura completa, não olha a meios para atingir os fins, mesmo que esses meios sejam uma facada nas costas do amigo ou a lambedela na mão de Barack Obama. O mau no meio disto tudo é que a Procuradoria-Geral da República não avança como seria sua obrigação na instauração de um processo-crime por danos contra o Estado, já deveria ter acontecido com os submarinos razões acrescidas para o fazer desta vez.
Este execrável episódio não deixará de ter sérias repercussões para a diplomacia económica portuguesa, Paulo Portas mais do que ninguém sabe disso já que é, foi, ou continuará a ser Ministro dos Negócios Estrangeiros, já vai sendo tempo de alguém ser responsabilizado criminal-mente pelos danos causados ao país. Vale e Azevedo por muito menos cumpre dez anos na prisão da Carregueira, mas que se saiba é o único criminoso de colarinho branco que está atrás das grades.