Ainda
Está na cara que foi o maquinista! Foi desde o primeiro minuto a sentença da comunicação social que desde ali cavalgou o trágico acidente do comboio de alta velocidade que descarrilou perto de Santiago de Compostela. Terá sido um dos culpados, as investigações até agora realizadas assim o parecem demonstrar. O que é verdadeiramente inacreditável é que essa mesma comunicação social não investigue os outros culpados: os responsáveis pelo traçado da linha e pela ausência de mecanismos de segurança.
Uma linha ferroviária de alta velocidade com uma curva daquelas estava mesmo a chamar pelo diabo e ele apareceu à hora que considerou mais apropriada. Uma linha de alta velocidade sem um sistema integrado de segurança, ainda para mais com uma curva daquelas, que indepen-dentemente da acção ou vontade do maquinista impedisse a circulação a tamanhas velocidades, estava mesmo a prenunciar um grave acidente e ele aconteceu.
Grave que se peça a cabeça do maquinista e se esqueçam ou protejam tão descaradamente os outros culpados.