O Vaticano continua a viver nas sombras do passado
O observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, monsenhor Celestino Migliore, opõe-se ao projecto que a França, como presidente actual da União Europeia, apresentará ante a ONU para promover a despenalização universal da homossexualidade.
Monsenhor Migliore afirmou que a proposta francesa poderá criar discriminações para com os Estados que não reconheçam as uniões homossexuais e que serão "submetidos a pressões".
Segundo Migliore, "tudo aquilo que favorece o respeito e a tutela das pessoas forma parte do nosso património humano e espiritual", o catecismo da Igreja Católica assim o diz, e não é de hoje".
Até a conservadora Itália se demarca desta posição. O ministério italiano dos Assuntos Exteriores rejeitou a postura do Vaticano e confirmou que a Itália, de igual forma que os outros 26 países comunitários, apoia a proposta de despenalização universal da homossexualidade no mundo.
É pena que o Vaticano, ao mesmo tempo que rejeita o projecto, tente mistificar o assunto uma vez que as uniões homossexuais nada têm a ver com o projecto em causa, embora se perceba o raciocínio enviezado, isto é, se os homossexuais fossem banidos da face da terra não haveria casamentos entre os mesmos, branco é...
É caso para dizer que o Vaticano continua igual a si próprio...