A matança vinha sendo preparada há seis meses
"Os preparativos da operação militar israelita começaram há seis meses. Hamas e Israel negociavam então uma trégua sob os auspícios do Egipto.
Nesses seis meses Israel obteve a localização dos depósitos de armamento do Hamas, a localização dos campos de treino e o alojamento dos principais responsáveis do Hamas. Uma vez na posse desses dados tornou-se então para Israel irreversível a decisão de atacar mortífera e definitivamente o movimento que tem sido um espinho cravado na sua fronteira." Ler aqui
Não foi para mim surpresa que após o ataque sanguinário de Israel, a imprensa ocidental se apressasse a gritar que o ataque era uma resposta ao lançamento de rockets por parte dos palestinianos, e tentasse camuflar a verdade: a intenção do governo israelita de aniquilar o Hamas, assunto que já abordei aqui e no post anterior. Lentamente a verdade vem ao de cima e afinal era em plena época em que se negociava o cessar-fogo que cinicamente se iniciava a preparação deste ataque.
"Como é seu timbre, Israel preparou muito bem este ataque fulminante à Faixa de Gaza e ao movimento islamita, Hamas. Lançou uma campanha de desinformação muito bem planeada que visava apanhar o Hamas completamente desprevenido." Sabiam até o pormenor do dia e local realização de uma formatura de novos polícias, sobre quem despejaram uma bomba.
"Essa campanha de desinformação, de engano e de segredo visou evitar que o Hamas levasse a sério a possibilidade de um ataque israelita ao território por si controlado."
A estratégia revelou-se de sucesso. O Hamas foi totalmente enganado pela estratégia de Israel e a matança, fria e calculista, consumou-se.
Depois da matança de Sábado seguiu-se outra neste Domingo e promete prosseguir perante a hipocrisia dos governos ocidentais, da ONU e do apoio incondicional dos Estados Unidos.
Bush que deu luz verde a este massacre goza assim, à sua habitual maneira, uma verdadeira "festa de despedida" da Casa Branca. Obama sempre lesto a pronunciar-se sobre tudo e mais alguma coisa guarda um pesado e comprometedor silêncio.