Por que não acaba o conflito no Congo
A organização South Africa Resource Watch (SARW) publicou e entregou no Conselho de Segurança das Nações Unidas um relatório e uma lista de 22 empresas, fundamentalmente norte americanas, alemãs, belgas, britânicas e chinesas que beneficiam da ausência de Estado para se aproveitarem do subsolo congolês.
O relatório, levanta o véu que oculta estas dezenas de empresas que beneficiam do comércio ilegal do coltão, uma mistura de tântalo e columbite utilizado na fabricação dos telemóveis e das consolas de jogos.
Esta actividade, muito rentável para os rebeldes e os grupos armados que controlam a região, exercida à margem da lei, desestabiliza desde há uma dezena de anos o leste da República do Congo, alimenta a guerra e cria os mais ferozes sanguinários de que Laurent Nkunda é um exemplo. Pode ver aqui quem é Laurent Nkunda.
Entre as empresas incluídas na lista figuram as norte americanas Cabot Corporation, Kemet Electronics, Speciality Metals Company, Trinitechinternational Inc. e a Vishay Sprague (Israelo-norte americana), as britânicas Afrimex, Amalgamated Metal Corp. e Euromet, as belgas Cogecom, Sogem e Trademet, as alemãss H.C. Starck GmbH & Co e SLC Germany GmbH e as chinesas Ningxia Non Ferrous Metals e Pacific Ores Metals (esta com sede em Hong Kong).
Como é que pode acabar aquele conflito com esta gente toda a contribuir para a guerra? Bom fim de semana que eu tenho uma chamada no telemóvel...