Depois do massacre a guerra suja
A França viu-se obrigada a voltar a trás com uma estação depuradora de água contaminada que tinha enviado como ajuda humanitária para Gaza e que as autoridades de Israel não deixaram entrar no território palestiniano.
Este acto, juntamente com o disparo de dois obuses de aviso contra um comboio diplomático, provocou que a França mostrasse o seu "descontentamento e a sua surpresa" ao embaixador israelita em Paris, que foi convocado pelo governo francês.
Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês precisou que uma parte importante da ajuda humanitária enviada por França conseguiu chegar à Faixa de Gaza, mas a estação depuradora foi bloqueada por motivos que ninguém explicou.
A estação depuradora "é útil para a população e não estamos satisfeitos com a decisão de não nos terem deixado entrar com ela, algo que dissemos claramente em várias ocasiões às autoridades israelitas", disse aquele porta-voz.
Como devem estar lembrados já aqui abordei uma outra face da guerra em Gaza, a água. Não sei se os motivos estão ligados mas uma das últimas decisões dos falcões de Israel faz-me nisso pensar ou então tornaram-se bons alunos com os mestres do holocausto.
Há no entanto algo que não me sai da cabeça e que pode explicar a decisão de Israel, é que no bombardeamento a Gaza utilizaram, como teste, novas armas e novas substâncias a somar ao fósforo e ao urânio empobrecido que como se sabe já não pode ser negado e que constitui uma clara violação das normas internacionais.
Os nazis fizeram variadíssimas experiências nos campos de concentração. É precisamente neste campo de concentração de um milhão e quinhentos mil palestinianos que Israel leva a cabo as suas.
Talvez a estação depuradora de águas contaminadas viesse trazer à luz do dia algo que não deve ser revelado. Entretanto o sofrimento em Gaza prossegue por falta de água potável.
