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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

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Salvo-conduto

17
Fev09

A vida é para os espertos II

salvoconduto

aqui falei sobre a provocação de Faria de Oliveira aos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos. Desta vez para além de continuar a provocar quem ali trabalha Faria de Oliveira e o seu Conselho de Administração provocam o país.

Nada mais nada menos, a Caixa comprou a Manuel "FINO" a sua posição na Cimpor. Para isso comprou cada acção a 4,75 euros quando estavam cotadas a 3,79 euros. Percebem porque ele se chama Fino? Pois este finório vendeu a quem lhe apara o golpe metade daquilo que detém na Cimpor. Isto é a Caixa pagou 306 milhões de euros por 10% na Cimpor. Mas Manuel Fino ainda fica com o direito de recomprar esta posição nos próximos três anos, depois de passada a crise, claro...

Percebem agora porque Faria de Oliveira oferece 0,9% (ZERO vírgula nove) de aumento aos trabalhadores daquele banco? Se desse mais aonde é que arranjaria dinheiro para pagar aos finórios deste país?

Desde há muito tempo que o conselho de administração daquele banco foi invadido por mercenários. Longe vão os tempos de Júlio Rodrigues que a sentia como sua ou de Rui Vilar que não a sentindo sua não aparava estes dislates.

Lembram-se das mordomias e as pensões de fazer corar que se auto atribuíam, sacando mais e mais a quem ali trabalhava?

Corre neste momento a seguinte petição on-line sobre esta negociata:

 

"O negócio recentemente anunciado entre a Caixa Geral de Depósitos e Manuel Fino, no que concerne à venda de 10% do capital da Cimpor à CGD, é patentemente ruinoso, injusto e, dir-se-ia, mesmo uma afronta ao povo em geral, e aos investidores em particular.

Não é concebível que para evitar dificuldades financeiras de um especulador, o maior banco do Estado (a CGD) vá ao ponto de lhe comprar os seus investimentos falhados 25% acima do valor de mercado, quando na realidade e perante essas mesmas dificuldades, este especulador ou qualquer outro ver-se-ia sempre forçado a vender essas mesmas posições ao preço de mercado ou abaixo deste.

A diferença entre aquilo que a CGD pagou por esta posição e o preço de mercado, foi uma dádiva pura e simples, de mais de 64 milhões de euros, a este especulador, que se podem considerar retirados directamente dos bolsos do povo português para o bolso do especulador.

Acresce que, não satisfeita, a CGD ainda concedeu uma opção de compra ao especulador, de forma a que se a Cimpor eventualmente valorizasse, o especulador poderia nela reentrar (tornar a comprar) sem risco. Isto é perfeitamente absurdo. A CGD colocou-se assim na posição de assumir todo o risco do investimento por vez do especulador e, ainda pior, desde logo entregou mais de 64 milhões ao especulador, pelo privilégio de fazer um negócio que ninguém aceitaria fazer de livre vontade.

Esta aberração ocorre no mesmo momento em que milhares de investidores se vêem a braços com perdas para as quais ninguém se apresta a suavizar pagando acima do mercado. Ocorre ainda no momento em que Portugal está a entrar numa crise profunda, em que centenas de milhar de pessoas perderão o emprego e, no entanto, é ao especulador que a CGD decide entregar dezenas de milhões de euros. Será isto certo? Obviamente não é.

A ser permitido, este negócio representa a morte da meritocracia neste país. Pensamos que as consequências de sequer se considerar este tipo de negócio, estão a ser subavaliadas pelas instituições.

Pedimos firmemente que, dentro do possível, sejam feitos todos os esforços para determinar a nulidade deste acto pirata sobre o povo deste país.

Atenciosamente, um grupo de cidadãos preocupado,”

Em http://www.ipetitions.com/petition/CGD/

 

Impõe-se que quem preside aos destinos daquele banco nos venha contar os contornos dos negócios com o comendador Berardo e agora com Manuel Fino. Sobre os contornos com o BPN e o BPP já todos estamos esclarecidos...

Para que não apareça quem se atrele, por outras razões, a este post deixo claro que contrariamente a outro finório de nome Passos Coelho, defendo que a Caixa Geral de Depósitos deve permanecer como Banco Público com 100% de participação do Estado.

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