Mais um
O ditador Gregorio Alvarez, que dirigiu o Uruguai entre 1981 e 1985 está a ser julgado pela justiça do seu país.
Tem a assistir alguns dos familiares daqueles que morreram às suas mãos ou sob sua ordem.
Encontra-se preso desde 2007 por violação dos direitos humanos cometidos durante a ditadura daquele país. Sobre ele acusações pelo desaparecimento forçado de presos políticos, que posteriormente teriam sido executados.
Gregorio "Goyo" Alvarez teve participação activa no golpe de Estado de 1973 e converteu-se no símbolo da ditadura que assolou o Uruguai até 1985.
Na madrugada de 27 de Junho de 1973 encabeçou o "piquete" das Forças Armadas que, sob presidência de Juan María Bordaberry invadiu a sede do Congresso e dissolveu o Parlamento, impondo uma ditadura que se prolongou por 12 anos.
Em 1981 provocou outro golpe de Estado, forçando o Conselho de Segurança Nacional a propor o seu nome para a presidência e a entregar-lhe o poder.
Entretanto a Assembleia Geral do Congresso do Uruguai votou no dia 25 de Fevereiro pela inconstitucionalidade da chamada Lei de Caducidade, que amnistiou militares acusados de violações aos direitos humanos durante o período da ditadura militar no país, entre 1973 e 1985. A ser ratificada esta decisão talvez venhamos a assistir ao julgamento de muitos outros torcionários daquele país.
Ali perto, na Bolívia, foram agora descobertos restos humanos em sótãos ocultos no Ministério do Governo, que foram usados para torturar dissidentes durante as ditaduras.
Mais a norte, nos Estados Unidos, remete-se estes países para a "lista negra" e compreende-se porquê...