O Equador em democracia
Rafael Correa ganhou de novo a presidência do Equador nas eleições presidenciais, desta vez logo à primeira volta, a confirmarem-se os primeiros dados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral do Equador.
Com 70,36% dos votos escrutinados, Correa obtém 51,72% dos votos, enquanto o seu mais directo competidor, o ex-militar e ex-presidente Lucio Gutiérrez, obtém 27,98%.
É desde já um marco histórico por ser o único presidente, desde o retorno à democracia em 1979, que ganha à primeira volta apesar de não ser o candidato do 'establishment'.
Sete meses depois de aprovar uma Constituição de carácter socialista, Correa mantém-se no poder num país instável, onde nenhum presidente conseguiu terminar seu mandato na última década.
A vitória de Correa significa a rara consolidação de um governo eleito, numa nação marcada pela frequente queda de presidentes e pela promulgação de 20 Constituições, uma a cada nove anos, em média.
Sinal demonstrativo de que a democracia se está finalmente a instalar o Equador, é o facto de pela primeira vez os militares e polícias puderam votar voluntariamente. Igualmente aos jovens entre 16 e 18 anos.
"Somos responsáveis e podemos decidir sobre o futuro do nosso país, temos essa obrigação e esse direito" assim assinalava, uma jovem estudante de 16 anos. Quando os jovens falam assim a esperança renasce para o Equador.