Congelar os salários dos trabalhadores? Necessário e urgente, assim declara a elite dos nossos gestores públicos e privados, mas limitar os salários dos gestores, aqui del rei, grita a mesma elite.

É vê-los:

Faria de Oliveira, presidente da CGD, arremete defendendo de imediato que isso não deve ser tarefa do governo mas deve ser deixado ao "cuidado" das empresas.

À semelhança de Faria de Oliveira, também Ricardo Salgado, presidente do BES, defende que devem ser os órgãos próprios das empresas a intervir nas remunerações dos seus quadros.

Belmiro de Azevedo mostra-se igualmente contra e preconiza que a remuneração é um factor cujo objectivo é atrair os gestores.

Já Fernando Ulrich, presidente do BPI, quase em apoplexia grita que pedir limites aos ordenados dos gestores é "politiquice reles".

Elucidativo este comportamento por parte daqueles que defendem salários cada vez mais baixos para as suas empresas e para os trabalhadores em geral...