De arrastão a arrastadeira
Para quem conhece Daniel De Oliveira e o seu "arrastão", uma das trincheiras do BE, por certo já nada estranhará dos métodos de "fazer" notícias, mesmo que assentes na mentira. Tudo o que lhe cheire a oportunidade para desancar nos países da América Latina que estão a iniciar um novo processo rumo à democracia, é aproveitado, mesmo sabendo que assentes em bases falsas. Sempre lhe restará a desculpa de que não foi ele que prestou em primeira mão a mentira.
Já foi assim no 1º de Maio, se bem estão recordados, é agora novamente, mas desta vez sobre a Venezuela. Recorrendo-se de uma notícia do jornal ABC de Espanha, que não cuidou de verificar até que ponto correspondia à verdade, investe mais uma vez e acusa aquele país de impedir o peruano Vargas Llosa de criticar as instituições venezuelanas.
Não se preocupa Daniel de Oliveira que Vargas Llosa promova o governo do tiranete Alan Garcia. Não o preocupa que Vargas Llosa se quede mudo ao que se passe no Peru, está isso sim preocupado que haja países da América Latina que queiram romper com o passado, passado esse que em nada parece incomodar Daniel de Oliveira. Adiante...
Se Daniel Oliveira se tivesse dado ao cuidado de verificar a idoneidade da notícia, por certo teria constatado que afinal as coisas não eram bem assim. Que a viagem de Vargas Llosa mais não era do que uma provocação montada pelos seus pares da extrema-direita venezuelana e que afinal as coisa se passaram de outra maneira. É que no aeroporto onde Vargas Llosa desembarcou e onde o "circo" já estava previamente montado pela extrema-direita, não esperavam que alguns jornalistas lhe fizessem perguntas incómodas.
Daí que uma repórter, do principal canal privado, resolvesse agredi-los e impedi-los de exercer o seu trabalho. Isto foi o que Daniel Oliveira escamoteou. É esta a liberdade que defende Mario Vargas Llosa. Daniel Oliveira há muito que decidiu passar para outro lado da barricada onde se entrincheira rodeado de mentiras e artifícios.
Do seu próprio post retiro o que diz um dos seus comentadores:
"Em 2002 fui a um congresso no Canadá, em representação do meu Sindicato. O voo, não directo, fazia uma escala de 8 horas em Nova York (USA).
Quando pretendia sair do aeroporto para visitar a cidade, fui levado para um gabinete onde esperei cerca de 1 hora por um agente policial que me informou que, dada a minha condição de sindicalista e, com certeza, comunista não poderia abandonar o aeroporto. Fui levado para uma espécie de hangar onde fui guardado, à vista, por 2 policias armados de metralhadora durante cerca de 5 horas."
É claro que isto para Daniel Oliveira é completamente natural, aconteceu no país das liberdades e não numa dessas "novas ditaduras", como ele lhes chama, da América Latina...
Aqui e aqui podem ver vídeos que dão conta do que se passou na realidade.