E a água do banho?
O escândalo BPN está longe de terminar. Depois de avalizados cerca de dois mil e quinhentos milhões de euros e à medida que se dá conta que aquilo cada vez mais é um poço sem fundo, vão-se interrogando alguns dos envolvidos sobre o que fazer com o menino.
Depois de ter defendido a compra pela Caixa Geral de Depósitos, a actual administração, cujo presidente é ao mesmo tempo Vice-Presidente da Caixa, passou a defender a venda do mesmo e afirma haver compradores, nacionais e internacionais. E aí está, o governo já anunciou a intenção de reprivatizar o BPN.
O que fica por clarificar, mas que é fácil de imaginar, é como encaixam na venda o prejuízo de 575,2 milhões de euros que o BPN registou no ano passado e capitais próprios negativos de 1,6 mil milhões de euros.
Eu até posso acreditar que haja quem não se importe de ficar com o menino, devidamente lavadinho, desde que a água do banho fique nas mãos do Estado. Nacionalizar desta maneira não custa, privatizar muito menos. Quem é o senhor que se segue?